15 de novembro é o dia fatídico em que o médium Zélio Fernandino de Moraes incorporou o Caboclo das 7 Encruzilhadas e anunciou uma nova religião.
Com 17 anos, Zélio estava doente e acamado. Dentre sintomas que ele apresentava, um chamava a atenção: Zélio mudava repentinamente a personalidade e o timbre de voz. Nenhum médico foi capaz de diagnosticar o rapaz.
Desesperada, sua mãe procurou explicações espirituais.
Zélio passou por uma benzedeira e foi levado para uma sessão na Federação Espírita de Niterói.
Nesta sessão, realizada dia 15 de novembro de 1908, Zélio manifestou o Caboclo das 7 Encruzilhadas que se apresentou como um indígena.
Espiritos de indígenas e negros eram maginalizados e excluídos das sessões espíritas.
Consciente de sua missão, a entidade perguntou porque os espíritos que carregavam consigo tanta sabedoria e ancestralidade não tinham espaço nas religiões existentes.
Enquanto Zélio estava incorporado, diversos espíritos de indígenas e negros começaram a se manifestar nos médiuns presentes.
José de Souza, dirigente da sessão, convidou esses espíritos a se retirarem porque os julgava atrasados sob o ponto de vista espiritual, cultural e moral. Foi então que o Caboclo proclamou a famosa frase:
“Botarei no cume de cada montanha que circula Neves uma trombeta tocando, anunciando a presença de uma Tenda Espírita onde Preto e Caboclo possam trabalhar.”
No dia seguinte, o Caboclo se manifestou novamente na casa de Zélio, declarando que se iniciava uma nova religião, no qual Pretos Velhos e Caboclos poderiam trabalhar.
#Umbanda #Ceucqs #DiaDaUmbanda